CORDEL #040: SENTI SAUDADES DO DUNGA

Eis um grande céu estrelado;
Com grandes estrelas de fama,
Mas seu brio não inflama
Um futebol acanhado;
E o Brasil envergonhado;
E todo o mundo resmunga;
E no vexame excomunga; 
É a verdade nua e crua;
Parece pelada de rua.
Senti saudade do Dunga!

Vexame atrás de vexame.
A fama não veste a camisa.
Do adversário, uma pisa.
Por mais que suor derrame.
Não valeu, só fez enxame.
E, com caras de calunga,
Se consola com seu Lunga.
Com fama de intolerante.
Mas nunca foi arrogante.
Senti saudade do Dunga!

O nosso Carlos Caetano.
Bledorn Verri, injustiçado,
Treinador muito esforçado,
Pra mim, sem qualquer engano,
Fez melhor que agora o Mano.
Seleção só erra e funga.
Todo mudo isso comunga.
Jogar assim, mas que paia!.
Babando, “morrem na praia”.
Senti saudade do Dunga!

Dois mil e quatorze é amanhã
Já é quase a Copa do Mundo.
E com um lamento profundo,
Contrário a todo esse afã,
Logo cedo, de manhã
“Comenta o amigo Bilunga:
Traz pra seleção um tunga
Carrega a Brasilidade!”
Com toda sinceridade, Senti saudade do Dunga! 

Valeu, Seleção Paraguaia! Vitória merecida!
Seu país orgulhosamente agradece.

Enquanto isso, nossa seleção... Tenha dó!

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Quem concordar com a demanda
Entre comigo e o Bilunga,
Venha pra esta ciranda
E sinta saudades do DUNGA