Tudo pra mim vira canto,
Poema, crônica, ou conto,
Escrevo sem perder um ponto,
Exploro da vida o encanto
Em todo e qualquer recanto.
Seja noite ou seja dia,
A inspiração me irradia.
E, se algo previsto eu deslavo,
Na mente, a mina, eu escavo
Afugento quaisquer medos
Sai poesia pelos dedos
Até quando as mãos eu lavo
Quando eu vou pra meu pomar,
Faço tudo manualmente
No córrego, água corrente
Que é para as planta' irrigar.
Meus cuidados vou tomar.
A terra removo e cavo;
Não é nenhum desagravo.
A denudar meus segredos,
Sai poesia pelos dedos
Até quando as mãos eu lavo.
O mistério se descerra
Com as mãos vou capinando,
E os regos vou limpando,
Quando encontro uma pedra e emperra,
Cavaco com os dedo' a terra.
Me acalmo, não fico bravo;
Emaranhados desbravo;
Removo todos lajedos.
Sai poesia pelos dedos
Até quando as mãos eu lavo.
Voltando para meu lar,
Recheio de carrapichos,
Quiçá sejam meus caprichos,
Não vou me desmiolar
Vou ao banho me conciliar.
Depois, então nem me travo.
Meus pensamentos destravo.
Mãos à obra! Mais enredos.
Sai poesia pelos dedos
Até quando as mãos eu lavo.
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