(Cordelito anacrônico.)
Eu beijo minha consorte
Sempre que eu encaro a noite.
Com apneias em açoite,
Lançada está minha a sorte,
Cara a cara com a morte.
Pra que a dita não me pape,
Vou dormir com o meu CPAP.
Boa vivência, é a diurna.
É a minha sina noturna,
Rogo a Deus que sempre escape.
Tem gente que não me entende
É hipocondria, dizem,
E assim sempre me maldizem.
E a tirar onda, contende,
A qualquer hora, independe.
Calado fico, não falo
Mas é certo que me abalo.
Acho um grande desacato,
Pois só quem calça o sapato
Sabe aonde aperta o calo.
Mas tem uma que azucrina
Sempre de mim tira um sarro
Nesse brincar eu me esbarro
A mim sempre se destina
E goza assim de minha sina.
Brinca tanto e nem despista
Ele é boa repentista:
Do aparelho a mangueira
Pra não ficar de bobeira
Diz que sou escafandrista.
De tudo tira uma lição
Com o irmão Paulo foi assim,
A sofrer de tal mal, sim
Pede a Deus em oração,
A cura da maldição.
Dá-me saúde vasta,
Pois de mim o bem se afasta!
“Dei-te vida, paz e amor!”
Assim conclui o Senhor:
“A Minha graça te basta!”
Um comentário:
Vixê !!! Ficou maneiro demais, obrigada pela parte que me cabe! kkkk você, é meu amigo hem??? PARABÉNS VOCÊ É QUE TIRA SARRO COM A CARA DA MORTE!!!!!!!!!!!!!
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