Esvazio-me de mim mesmo
Busco, no fundo ou
no raso,
O que me leva ao
arraso
Ou que me conduz a
esmo,
Meu pensar em
anfidesmo.
Tento sair da rotina
Que me dita e
repagina,
Tal qual um ser
programado,
E já meio
alucinado.
Busco essa Fonte
Divina.
Na Fonte Divina eu
busco
Pois a minha
inspiração,
No imo do coração
Visão plena ou só
de lusco
Na claridade ou no
lusco.
Na despensa, nem se
via
Qual geladeira
vazia
O mínimo
suprimento,
Que desespero e
tormento!
Começa então a
agonia.
A agonia entra em
campo
Torrando tua
paciência,
Mas grita e pede
clemência
E a luz qual de
pirilampo
Desfaz as trevas,
descampo.
Que Tu me supres,
confio,
Em Teu prover eu me
fio.
Noutro não busco o
socorro,
Depressa pra Ti eu
corro,
Sigo-Te, então, sem
desvio.
Correndo pra Ti
depressa,
E um clarão vem de
repente,
Consertar-me é mais
que urgente.
Tenho mesmo muita
pressa,
Tua vontade em mim é
impressa.
Tu vales mais que o
rubi,
Mais que ouro,
percebi;
Tua luz mostra o
Caminho;
Rumo certo ao Teu
ninho.
Por isso me basto em
Ti.
Nenhum comentário:
Postar um comentário