Às vezes fico em apuro
Quando estou a
escrever
Não é fácil
descrever
E, às vezes, fico
inseguro,
Faz-me sentir
imaturo.
São coisas
interessantes
Mas também
incomodantes,
Escrevo o que não
escrevi,
Que talvez nem
antevi,
Pois tenho dedos
pensantes.
São dedos bem
apressados
Querem sempre
completar
Palavras locupletar
Talvez sejam
atrapalhados,
Por serem
precipitados.
E não são nada
pedantes
Não só agora, como
dantes,
Inverte a ordem das
letras,
Sai palavrão (que
mutretas!),
Pois tenho dedos
pensantes.
Escrevem o que não
pensei
Fico besta, de
verdade,
Ora, que
perversidade!
Me envergonhas, que
nem sei
De corrigir, me
cansei.
São mesmo
embaraçantes
Chegam até ser
provocantes.
Sendo comigo rijo,
Depois corrijo e
corrijo,
Pois tenho dedos
pensantes.
Se escrevo sem olhar
O teclado sempre
acerto,
Mas, se olho, é bem
certo,
No seco vou-me
molhar,
Letras a me
atrapalhar.
Escrevo textos
brilhantes
Quiça sejam
estonteantes,
Mas, se olho, é
confusão
Erro e firo o
coração,
Pois tenho dedos
pensantes.
Não sei como
dominar
Meus independentes
dedos,
Só de pensar, me
vêm medos,
Quer sejam em terra,
ar ou mar,
Vem lá do
subliminar.
Por isso são
deslizantes,
Indômito,
extravagantes,
Mesmo que cuidados
tenha,
O erro sempre me
advenha,
Pois tenho dedos
pensantes.
Creio que seja
normal
Meus dedos assim
agirem
Vez em quando
afligirem
Agindo de modo
abnormal.
Talvez, por
automação
Se portem assim,
intrigantes,
Pensamentos
instigantes,
Quem sabe, por
dedução
Subliminar
traição,
Pois tenho dedos
pensantes.
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