Diário
de um Desmemoriado
BOSCO
ESMERALDO
Ao
Ritmo Hexagonal
Que pena eu não tenho memória recente;
Com tanto pra aprender, tanto por fazer;
Com tanto pra sonhar, com tanto a perfazer!
Quando turbilhões de ideias me invadem a mente;
Mas, infelizmente, esqueço tão facilmente!
Tudo enfim me dispersa, preciso me refazer.
Muitas coisas já perdi de registrar, resguardar
Sem ter com que escrevesse pra que eu não esquecesse.
Perdi tudo, escapou-me, sem mesmo poder guardar,
Como se assim, de repente, sem luz tudo escurecesse
Tudo em branco, tudo escuro, sem nada pra recordar.
Nem sempre posso guardar, pra lembrar o desmemoriado.
Tantos lances, quantas coisas, uma ideia atrás da outra,
Vou surfando nas imagens, cada qual melhor que a outra,
Mas tudo posso guardar, tendo o meio apropriado,
Com o meio necessário, papel, virtual,
Registro o capo verso que puxa os demais
Que até o mais antigo parece tão atual.
Um parto difícil, filho que apraz.
Depois que está pronto, de modo cabal,
Vem nova ideia, quero fazer mais.
=========================
Um devaneio, tentando entender o dia a dia de um pré-desmemoriado.
Não ligar o poema ao autor, embora encontremos, aqui e ali, um pouco de cada um de nós.
Com tanto pra aprender, tanto por fazer;
Com tanto pra sonhar, com tanto a perfazer!
Quando turbilhões de ideias me invadem a mente;
Mas, infelizmente, esqueço tão facilmente!
Tudo enfim me dispersa, preciso me refazer.
Muitas coisas já perdi de registrar, resguardar
Sem ter com que escrevesse pra que eu não esquecesse.
Perdi tudo, escapou-me, sem mesmo poder guardar,
Como se assim, de repente, sem luz tudo escurecesse
Tudo em branco, tudo escuro, sem nada pra recordar.
Nem sempre posso guardar, pra lembrar o desmemoriado.
Tantos lances, quantas coisas, uma ideia atrás da outra,
Vou surfando nas imagens, cada qual melhor que a outra,
Mas tudo posso guardar, tendo o meio apropriado,
Com o meio necessário, papel, virtual,
Registro o capo verso que puxa os demais
Que até o mais antigo parece tão atual.
Um parto difícil, filho que apraz.
Depois que está pronto, de modo cabal,
Vem nova ideia, quero fazer mais.
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Um devaneio, tentando entender o dia a dia de um pré-desmemoriado.
Não ligar o poema ao autor, embora encontremos, aqui e ali, um pouco de cada um de nós.
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